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Vendas do comércio aumentam em Sorocaba no mês de junho/12


17/07/2012



Apesar do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ter divulgado semana passada que as medidas tomadas pelo governo federal para estimular o consumo não tenha surtindo efeito nas vendas do varejo, já que o volume de vendas do varejo no país caiu 0,8% em maio ante abril, os números em Sorocaba não são ruins se comparados aos da conjuntura nacional. De acordo com a Associação Comercial de Sorocaba (Acso) no mês de junho houve incremento da ordem de 5,85% nas vendas do comércio varejista ante ao igual período de 2011.

O levantamento aponta ainda que, quando a comparação é feita com o mês de maio, o crescimento das vendas no comércio local foi de 0,75%. "Em que pese o fato do endividamento das famílias ser motivo de cautela, a situação de Sorocaba não é ruim", afirma o economista da Associação Comercial, Rafael Nochelli. 

O analista explica que as pessoas estão refreando o consumo por endividamento excessivo e não por desemprego ou queda do rendimento real. "Esse tipo de redução do consumo tende a ser transitório. Nos últimos 12 meses o saldo líquido de empregos em Sorocaba foi de 9.182 novos postos, ou seja, apresentou um crescimento de 5,33% ante ao estoque de emprego observado em março de 2011, segundo dados do Caged. Estimativas quanto à renda apontam para um crescimento da ordem de 6,5%", detalha o economista, que por essas razões ainda vê Sorocaba em situação privilegiada.
 
É a capacidade de geração de empregos observada no âmbito municipal a responsável pelo cenário menos deletério em relação à média nacional. Políticas públicas acertadas, mediante a adoção de conceitos modernos como o de "cidade saudável" e "cidade educadora", aliados às inversões no Parque Tecnológico, tendem a atrair investimentos produtivos. Por sua vez, a vinda de empresas com elevado potencial de dinamizar a economia, posto a demanda a montante (como é o caso da indústria automobilística, a metalmecânica e a construção civil), farão com que Sorocaba esteja preparada para atravessar este que é um dos piores cenários da economia mundial desde 1929", pondera. 

Para enfrentar o momento de turbulência, o analista recomenda: "O momento exige cautela e responsabilidade, tanto por parte dos empresários como dos consumidores."
 
Endividamento
 
Após divulgar os números nada motivadores do IBGE semana passada, o gerente da coordenação de Serviços e Comércio do órgão, Reinaldo Pereira, afirmou que o governo vem tentando resolver o problema da crise da mesma forma como enfrentou em 2008 e que deu certo. "O problema é que agora tem um ingrediente que não tinha antes, que é o alto nível de endividamento do consumidor. O que os economistas dizem é que dessa vez a saída não é consumo, é investimento", afirmou Pereira. Na avaliação do pesquisador, além do comprometimento de renda das famílias, o quadro de desaceleração da economia também afetou o humor para o consumo.

"Essa queda nas vendas na margem está de acordo com a atual conjuntura de uma desaceleração na atividade econômica. A indústria já apresentou dados de queda. As projeções para o PIB já vêm caindo. Tem analista falando em menos de 2%. Então, não é um quadro que se estava esperando, que era que em 2012 a economia iria deslanchar. Isso não aconteceu", lembrou Pereira.

No entanto, o IBGE ressalta que o resultado não pode ser encarado como uma tendência de inflexão nas vendas do varejo, por ser um indicador volátil. Na comparação com maio de 2011, ainda houve aumento de 8,2% nas vendas em maio deste ano. "Nos últimos doze meses, a taxa de juros vem se reduzindo, houve aumento de salário, o emprego permaneceu forte. Então, essas variáveis vêm se mantendo estáveis e contribuem para esse crescimento de 8,2%", explicou Pereira.
 
 
 


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